sábado, 4 de junho de 2011

filosofia , filosofo e sábio


                                                                                     O que é a filosofia?
A filosofia surge na Grécia Antiga como uma atividade especial do homem sábio, o amigo do saber (filo + sophia = amor à sabedoria). Desde então inúmeras foram as tentativas de definir exatamente o que procura e o que faz um filósofo. Todos reconhecem a sua importância e a imensa utilidade, são porém imprecisos e divergem em relação a determinar qual a sua verdadeira ciência. Aristóteles, discípulo de Platão e fundador do Liceu, uma escola voltada para o saber e a ciência que ele instalou em Atenas no século IV a.C., fez uma das mais claras exposições sobre as qualidades da filosofia.



O filósofo é um conhecedor
A principal característica que Aristóteles vê num filósofo é que ele não é um especialista. O sophós, o sábio, é um conhecedor de todas as coisas sem possuir uma ciência específica. O seu olhar derrama-se pelo mundo, sua curiosidade insaciável o faz investigar tanto os mistérios do cosmo e da physis, a natureza, como as que dizem respeito ao homem e à sociedade. No fundo, o filósofo é um desvelador, alguém que afasta o véu daquilo que está a encobrir os nossos olhos e procura mostrar os objetos na sua forma e posição original, agindo como alguém que encontra uma estátua jogada no fundo do mar coberta de musgo e algas, e gradativamente, afastando-as uma a uma, vem a revelar-nos a sua bela forma e esplendor (a verdade entre os gregos está associada ao belo).



O que vem a ser um sábio?
O que distingue o sábio é que ele tem o conhecimento das coisas mais difíceis. Entender que o fogo queima ou que a chuva molha é algo comum a qualquer um pois sentir, ter sensações, é algo universal entre os homens, mas possuir as noções mais exatas das causas últimas e ser capaz de dar conta delas, transmitindo-as pelo ensino, esse sim é um apanágio, uma virtude do homem sábio. Ele também se distingue do teólogo na medida em que o seu objetivo e atingir a verdade e não forjar um dogma (algo que não se pode discutir ou questionar).


(Vitor Gomes A. Viana)

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