Na teoria comtiana, o fetichismo corresponde à primeira etapa do estado teologico. Na teologia, segundo Comte, as concepções humanas referem-se a entidades supranaturais , buscando conceitos e respostas absolutos (ou seja: não-relativas).
O fetichismo, em particular, atribui características antropomórficas a
todos os seres, isto é, todos os seres (vivos ou não) são percebidos
como vivos e dotados de vontade.
Na teoria maxista, o fetichismoé o processo pelo qual a mercadoria, no capitalismo,
um ser inanimado, passa a ser considerado como se tivesse vida. As
relações sociais deixam de ocorrer entre indivíduos, mediadas pela
mercadoria, mas tornam-se relações meramente entre as próprias
mercadorias, sendo os seres humanos meros intermediários no processo
econômico geral. Com isso ocorre a desumanização do ser humano no
capitalismo, com a ilusão de que não há relações humanas (isto é,
sociais) no que se refere à mercadoria.
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